quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Ser diferente

Pergunto-me:
Se este fosse o ultimo dia da minha vida, manteria tudo como está ou
mudaria algo?
Será que tinha força e coragem de mudar o que estivesse mal?
Quando a vida é marcada pela morte e se acaba num preciso momento,
sem aviso prévio.
Quando somos marcados pela tristeza da saudade de quem amamos e
sabemos, que os momentos seguintes vão ser só dor e sofrimento.
Tudo isso me faz pensar em mim, como mãe.
A preocupação de querer ser a mãe perfeita.
A mãe, que deu tudo aos seus filhos e que um dia vai partir sem medos
e angústias.
Sem remorsos.
Mas será, que para nos sentirmos felizes e realizadas como mães, temos
que dar, somente?
Para poder partir livre de medos e de arrependimentos?
O dar interminável, não é sinónimo de uma mãe saúdavel.
O que é bom para um filho, terá que ser também, o que é bom para uma
mãe bem equilibrada.
Por isso devemos aprender a transmitir isso aos nossos filhos, essa
preocupação.
Ensiná-los, que mãe, não tem que ser sinónimo de sofrimento, mas sim de
amor e respeito pelas emoções de cada um.
Mostrar, que é aguentando dor e tristezas, alegrias e prazer, que nos
realiza como seres.
Que experimentando todas essas emoções, nos faz sentir mais fortes e
consistentes.
Ensinar os meus filhos a viver uma vida cheia, é ensiná-los que não
posso sacrificar a minha propria vida, mas viver eu também, uma vida assim.
Sei que libertando-os é a melhor forma de continuarmos ligados.
Acredito que todos temos uma missão a realizar aqui, onde vivemos.
Ajudar e ou ser ajudados.
Podemos viver muitos anos, ou somente dias ou horas, mas a nossa
missão terá que ser cumprida.
Porque não, cumpri-la da melhor forma?
Sonhar....é preciso.
Ser fiel aos nossos sonhos.
Viver uma vida com dignidade, também é saber gostar de nós próprios
Ser arrojado e ir em frente.
Irradiar segurança e vontade.
Ser diferente, ser genial.

Idalina Silva